sexta-feira, 29 de junho de 2012

Resumido; (re)UNIDO

Pense pelo interior.
Aja por conta do reflexo.
Não torne nada pior,
Ou crie mais um problema anexo.

A facilidade de movimentar os músculo faciais
talvez crie uma antipatia inesperada.
e,em dias de chuva,
precipitada.

Idade não diz nada.
Números são seguidos de outros infinitos.
O que vale é a consciência inalada
e a maturidade perante os aflitos.

Fecho a abertura criada
e crio uma grade fixada.

A partir de hoje sou obra de arte.
Admire e analise; não me infarte.

E se não me entende, interprete
as falas são para ser pensadas; pesadas;
Cansado; casado com um futuro soli(d/t)ário.

segunda-feira, 25 de junho de 2012

Penso, logo hesito.

Mais uma manhã chuvosa. Caminhando pela rua, as gotículas formigam minhas maçãs. Ao som de uma música calma e forte, vejo o sol nascer fronte aos meus olhares negros pela retícula finíssima de vidro. Meus pés congelados guiavam meu circuito. O destino era o mesmo da largada. O importante era o que viria durante. Talvez fosse outono e as folhas que se reviravam no chão fossem testemunhas da causa. Mas o vento que as inquietava mais pareciam flechas de gelo. Era inverno! Com toda a certeza. A alba que velava minha mente sussurrava que estávamos na estação das reproduções vegetais. As cores não estavam presentes naquela rua, mas talvez houvesse algum lírio ou tulipa beirando o murro pichado à bombordo. Continuava navegando na indecisão. Talvez primavera. A única presença que me assentava era a de que não estávamos no trimestre mais quente do ano. Não era verão! Com toda a certeza. O ar que circulava era rarefeito e, com tanto esforço físico-mental, me senti inquieto com os pulmões vazios e gélidos. Precisava parar e respirar. Com toda a certeza. Me recostei num dobrar de rua e fechei as pálpebras para viajar. Eram tantas dúvidas e percevejos que me picavam. Quando abri os olhos estava num penhasco vermelho sangue e o horizonte estava coberto de cinzas pretas. Sabia que a partir dali, minha vida seria um inferno. Com toda a certeza. Era melhor desistir e voltar para minha enxerga. Melhor dizendo, para meu corpo. Minha mente viajara para um mundo longínquo.

domingo, 24 de junho de 2012

[Qualquer lugar de abrigo, de refúgio ou de descanso.] - Porto

Ancorei minha levianidade e me tornei dinâmico. Penso antes de dizer, mas nunca deixo de me expressar. Chega de inconveniências ou desencontros de assuntos. Se queres ser o que é, então seja desde a Missa do Galo até o último badalar que provém da sinagoga. Agora sei o que quero e vou atrás sem olhar para lá. Me chamo Porto e espero que só fiquem os que quiserem entrar ou os que estão a procura de bem-estar e superioridade. Reclusas fechadas para mesquinhos e inferiores. Cresci...

...e tenho vivido.

segunda-feira, 18 de junho de 2012

Apatia crônica

Três metros cúbicos de sala. Uma mente que tentava esvair os maus pensamentos. E uma chave que abria o peito em prantos. O barulho do teclado acalmava os tímpanos exauridos de vida. O único tremor que o martelo sentia era o das batidas dos dedos uniformes nas teclas pretas escritas em dourado. Uma letra por tecla. Uma tecla por símbolo. Números e acentos se mixavam no emaranhado de jargões e 'sem-sentido'. Não podia fumar. Muito menos comer. O sono já havia se divorciado do pobre genitor. Só lhe restava vomitar palavras. Na verdade sílabas desconexas. Pontos sobre vírgulas e travessões anti-rábicos. Cinco segundos, ou horas, para estralar as juntas e já era hora de dizer o que tinha que escrever. Era preciso parar de rodopiar em torno da grande dúvida que alimentava o cordão circuncidado do pobre feto anencéfalo. Afinal, o que significavam todas aquelas palavras sem nenhum sentimento? Porque escrevia se era a vácuo? Nada possui nexo sem uma tinta de sentimento. Seu corpo era um quarto branco. As cores evaporaram antes mesmo de nascer. Sua apatia emergia da ausência de empatia familiar.